domingo, 2 de abril de 2017

CIDADANIA
O ESPELHO DA VIDA...

De tudo na vida, por mais triste que seja a situação, devemos tirar lições...

O enterro de Maria Eduarda, marcado por emoção e revolta, não pode se resumir em mais um sepultamento e policiais presos. Tem que ser avaliado o que, com oportunidade e acerto, declarou o prefeito do Rio. Marcelo Crivella disse que é inaceitável o estabelecimento de tiroteios na proximidade de escolas. É o óbvio que, na prática ninguém se dá conta...

Mas não é só isso. Tem que ser verificado o nível de estresse com que trabalham os policiais. Pressionados pelo comando, sem condições mínimas para o trabalho desempenhado. Sem salário para apresentar em casa. E, o que é pior: sem qualquer segurança para um enfrentamento de guerra.

Quem acompanha as ações dos exércitos que combatem o terror em várias frentes, percebe que após os confrontos, os combatentes se recolhem escoltados aos quartéis, onde permanecem guarnecidos. Suas famílias estão totalmente fora do foco de represálias... Com os PMs, não! Sabem que voltarão sozinhos para as comunidades em que moram, escondendo a farda molhada para secar atrás da geladeira, para não despertar a desconfiança dos vizinhos traficantes...

Não há justificativa para a bala perdida. Para o tiro mal dado em revide. Para o excesso de ódio em resposta a uma provocação, no passado ou no presente. Ao agente de segurança é sempre cobrado equilíbrio em qualquer circunstância. Mesmo com salário atrasado...

Mas tudo isso explica a necessidade de mudança no treinamento, na segurança das operações e na preparação da cabeça dos policiais. Do contrário, continuaremos sepultando ‘Eduardas’ com muita tristeza, pagando indenizações que não devolvem vidas e punindo policiais estressados, enquanto os comandos chicoteiam os que não trazem ou não produzem bons resultados...


A soldadesca na cadeia. Mas, como fica quem coloca estes homens em ação? Até quando? Maria Eduarda nunca vai ter essas respostas...

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